Rodeio

Descubra quem é o peão brasileiro mais famoso no mundo

 

Os rodeios têm crescido em popularidade no mundo, especialmente a competição de montaria em touros. Já faz tempo que muitos jovens brasileiros sonham mais com o título da PBR (Professional Bull Riders) do que com a camisa da seleção de futebol. Um dos nomes que inspiraram essa paixão em território nacional foi Adriano Morais, que ficou conhecido pelo apelido “The Phenomenon” (O Fenômeno). Conheça mais da história do tricampeão de montaria em touros da PBR, o peão do Brasil mais famoso do mundo.

 

Adriano Morais – O rei da competição de montaria em touros

O peão brasileiro Adriano Morais é considerado pioneiro no Brasil por ter sido o primeiro a conquistar o título de campeão mundial da PBR em 1994, primeiro ano da competição. Em 2001 entrou novamente para a história como o primeiro bicampeão e finalmente, em 2006, sagrou-se como o primeiro tricampeão nacional. O seu bom desempenho  ̶  que lhe rendeu a alcunha de O Fenômeno   ̶  incentivou as gerações seguintes a acreditar no seu sonho.

A categoria montaria em touros é uma das que mais se destacam nos rodeios internacionais, e ter um campeão brasileiro nessa categoria mostra para os jovens aspirantes que é possível seguir uma carreira de sucesso no exterior. Com uma história impecável, Adriano Morais se aposentou no ano de 2008.

Em sua despedida das arenas de rodeio, Adriano disse que após todo o seu esforço e 28 ossos quebrados ao longo da carreira ficava feliz em deixar as competições no passado. Sobre seus recordes, declarou que sabia que seriam ultrapassados rapidamente, no entanto, levou um tempo considerável para que alguns deles fossem vencidos.

 

A inesquecível final de 1994

Em 1994, o peão brasileiro trouxe um recorde inédito para nosso país ao participar da National Finals Rodeo (NFR). Ele conseguiu se manter em dez dos dez touros que desafiou, algo que exige grande maestria. Tornou-se então campeão mundial e o terceiro competidor invicto da história.

Essa passagem de sua carreira fica ainda mais emocionante quando citamos que pouco antes de enfrentar o último touro ele viu o animal acertar em cheio outro competidor. Para se manter bem na arena, precisou fazer um grande trabalho mental.

 

Diretor de competições

Após se aposentar, o peão não deixou no passado a sua paixão por rodeio e se tornou diretor das competições da PBR no Brasil. Com status de verdadeira lenda, Adriano atua ainda aconselhando peões brasileiros que estão competindo a nível nacional e internacional.

Faz parte das atribuições de Adriano fiscalizar todos os detalhes que cercam essa competição, desde a iluminação e som até a qualidade de vida dada aos animais na arena. Aliás, ele sempre gosta de destacar que existem muitos mitos sobre a forma como os animais são tratados.

Dizem que os testículos dos touros são apertados para que eles saltem na competição de montaria, mas, de acordo com Morais, isso não acontece. Os saltos do animal se devem à grande tensão psicológica pela qual ele passa. Durante a sua carreira como competidor de rodeio ele acumulou uma fortuna superior a US$ 3,5 milhões.

 

Vida de milionário

Com uma carreira repleta de glórias conquistadas sobre o lombo de um touro, Adriano tem uma fortuna bastante admirável e leva vida de milionário. Embora tenha passado por muitos momentos de dor ao longo da carreira que o colocava frente a frente com a morte, ele sentia prazer em manter a sua rotina. Vale dizer ainda que ele faz questão de deixar claro que há alguns exageros da mídia sobre o seu estilo de vida.

Certa vez chegaram a dizer numa matéria que ele usava botas que valiam US$ 10 mil dólares. O Fenômeno já desmentiu essa afirmação, declarando que o maior preço que já pagou num calçado desses foi US$ 600 dólares e que a sua bota mais cara foi um presente: seu sucesso era tanto que uma importante marca de calçados enviou para ele um par de botas feito de couro de elefante, jacaré e avestruz. Foram fabricados apenas dois pares, e o outro foi dado para o rei da Espanha.

A fortuna foi adquirida conforme as vitórias nas competições, e quando conquistou o primeiro mundial recebeu o seu primeiro milhão. Embora o processo de enriquecimento tenha sido rápido, não foi nada fácil. Além do risco de montar em touros, ele precisou se manter bem psicologicamente ao ver conhecidos e amigos se acidentarem.

Outro sacrifício que ele fez para se tornar um milionário foi morar por 17 anos no Texas. Ele tem certeza de que se não tivesse feito isso não teria conquistado a fortuna que tem hoje, mesmo consagrado no Brasil.