Principais diferenças entre plantio convencional e direto

Na agricultura, o processo de preparo do solo demanda muita atenção e investimentos de recursos. O plantio convencional e o direto são duas técnicas diferentes para realizar esse preparo do solo.

Como são métodos distintos, dividem as opiniões dos produtores rurais. Continue lendo para saber mais sobre as diferenças entre as duas técnicas, suas vantagens e desvantagens.

O que é plantio convencional?

Entende-se por plantio convencional o emprego de técnicas tradicionais para preparar o solo. Esse é o método mais utilizado em hortas domésticas e tem boa aceitação também nas lavouras comerciais.

Esse preparo se caracteriza pela remoção completa da vegetação do terreno, com posterior revolvimento do solo por meio de aração e gradagem (esses processos facilitam o crescimento das raízes das plantas).

Nessa forma de preparo do solo pode-se utilizar cal para corrigir sua acidez. Também podem ser empregados defensivos agrícolas para dar fim às ervas daninhas e outros tipos de pragas.

Após todas as etapas terem sido seguidas, chega o momento do plantio ou semeadura. Ao longo do desenvolvimento das plantas são mantidos os cuidados com o solo através da capina e do emprego de fertilizantes e defensivos.

O que é plantio direto?

A técnica de plantio direto começou a ser difundida na década de 1990. Nos dias de hoje, é a mais utilizada em lavouras comerciais no Brasil. O nome da técnica diz respeito ao fato de que o produtor rural não realiza as etapas de remoção da vegetação do solo e nem de revolvimento do solo.

Nesse método, os resíduos vegetais assumem a função de cobertura para o próximo cultivo. Sendo assim, se faz somente um preparo do solo para evitar que ele compacte. Podem ser aplicados defensivos agrícolas e cal, caso seja necessário.

Na sequência, os restos da cultura são espalhados de forma a cobrir a área como um todo. Sulcos são abertos para que as sementes possam ser alocadas e, então, os fertilizantes são depositados. Por fim, esses sulcos são fechados depois desse processo.

Plantio convencional x plantio direto: quais são as principais diferenças?

A diferença central entre o plantio convencional e o direto está no fato de que o primeiro demanda um processo mais elaborado de preparo do solo. Já o segundo tem um viés conservacionista, ou seja, preserva a cobertura morta sobre o terreno. Ambos são bastante usados no Brasil, apresentando vantagens e desvantagens.

Vantagens do plantio convencional

O plantio convencional tem como uma de suas etapas o revolvimento do solo, algo que pode ser bastante positivo para a lavoura. Esse processo de revolvimento estimula a atividade dos micro-organismos que são responsáveis pela mineralização da matéria orgânica, essencial para a forte presença de elementos naturais na terra. Consequentemente, esses elementos são entregues para as plantas, melhorando sua nutrição.

Desvantagens do plantio convencional

O revolvimento pode levar à redução da fertilidade do solo em decorrência da lixiviação. Esse processo se caracteriza pela levada da terra e seus nutrientes pela água da chuva, ou seja, ocorre uma “lavagem” do terreno. Vale dizer, ainda, que esse tipo de preparo demanda manutenção mais frequente durante os cultivos, uma vez que é necessário realizar capinas regulares.

Vantagens do plantio direto

A manutenção da cobertura do solo pode ser bastante eficiente para controlar a temperatura, reduzindo, assim, a compactação, erosão e lixiviação do solo. Pode auxiliar também na eliminação de ervas daninhas. Trata-se do sistema perfeito para agricultores que desejam manter a sustentabilidade nas áreas em que estão cultivando.

Desvantagens do plantio direto

É importante analisar o quanto a técnica de plantio direto é adequada para a cultura que se pretende cultivar. A manutenção da cobertura morta conserva a umidade do solo, algo que pode ser prejudicial para as culturas que não se adaptam a essa condição. Também não funciona tão bem em áreas com pouca permeabilidade ou de clima muito úmido.

No tocante a custos, o plantio direto se mostra mais oneroso do que o convencional pelo fato de que demanda o trabalho de profissionais qualificados e maquinário específico para esses processos. Contudo, depois da implementação desse sistema, os ganhos acabam compensando o investimento inicial. As perdas relacionadas às condições do solo são reduzidas.

Conclusão

A opção pelo plantio direto ou convencional traz uma série de impactos para a lavoura, sendo essencial observar essas questões atentamente. A análise deve observar o quanto cada método está alinhado com as condições do terreno em questão.

O local em que a cultura será realizada deve estar apto a receber o método escolhido. Nem sempre todas as condições são atendidas e pode ser mais interessante apostar em outra técnica para alcançar resultados mais significativos.

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Fonte da Imagem: pexels.com