Agrotóxicos
Agronegócio

Saiba como reduzir o uso de agrotóxicos na Lavoura. Veja 6 dicas.

Os agrotóxicos tornaram-se bastantes presentes no dia a dia das lavouras em décadas passadas como auxiliares para o aumento da produtividade. Os defensivos agrícolas tiveram um papel essencial para diminuir a suscetibilidade das plantações a pragas. No entanto, nos últimos anos, os consumidores passaram a dar mais importância para alimentos livres da presença dessas substâncias, uma vez que se descobriu seu prejuízo para a qualidade e saúde dos alimentos. 

6 Dicas para reduzir o uso de agrotóxicos na lavoura

Reduzir o uso de agrotóxicos nas lavouras tem se tornado uma das principais preocupações de agricultores para tornar suas produções mais competitivas e atraentes para o novo perfil do mercado consumidor. A seguir apresentaremos 6 dicas de soluções para diminuir o uso de defensivos sem comprometer a produtividade. 

1 – MIP (Manejo Integrado de Pragas)

Plantações e uso de agrotóxicos interferem no ecossistema local e levam ao desequilíbrio de populações que acabam se tornando pragas. A proposta do Manejo Integrado de Pragas (MIP) é desenvolver estratégias que permitam controlar a disseminação dessas populações e não, necessariamente, eliminá-las por completo. 

Basicamente, são tomadas medidas que reduzem a população de uma certa praga a um nível que não comprometa os resultados do agricultor, isso pode ser feito pela introdução de uma população predadora da primeira, por exemplo. Em suma, o MIP busca reestabelecer o equilíbrio natural perdido. 

2 – Biocontrole

Esta é uma medida bastante utilizada na agricultura como forma de reduzir ou eliminar doenças e pragas das lavouras sem utilizar agrotóxicos. O biocontrole consiste no uso de produtos químicos naturais ou de organismos vivos que não comprometem a saúde dos alimentos e nem do ser humano, atuando especificamente sobre as pragas. 

Uma estratégia bastante comum é a do uso de inimigos naturais dos patógenos das plantações para eliminá-los através da predação dos mesmos. Um bom exemplo é o uso da Copidosoma sp. para eliminar a lagarta falsa-medideira, que costuma ser um grande problema em culturas de soja. 

3 – Uso da semi-hidroponia

A semi-hidroponia é uma técnica em que as plantas são cultivadas em ambientes protegidos e sem contato com o solo. Para isso, substratos são ensacados e umedecidos a partir de um sistema especial de irrigação, as plantas são cultivadas suspensas em bancadas. 

As plantas se desenvolvem com saúde porque têm acesso a nutrientes, mas não estão sujeitas a infestações e doenças, pois se encontram num ambiente isolado. A irrigação e a adição de nutrientes nos sacos permitem o desenvolvimento saudável das raízes das plantas. Trata-se de uma técnica que agrega mais valor aos produtos. 

4 – Uso de barreiras físicas

Consiste no uso de artifícios físicos e mecânicos, como a criação de valas ou uso de coberturas plásticas para impedir o acesso de insetos à plantação. Outras soluções que seguem esse viés físico são fitas adesivas e armadilhas plásticas que retêm as pragas quando as mesmas entram em contato. 

No caso de quem tem as ervas daninhas como inimigas da plantação, é possível usar a capina manual para a sua remoção ou, então, a capina mecânica, se houver uma quantidade muito destacada das mesmas. 

5 – Estratégia de rotação de culturas

Adotar uma estratégia de cultivo de rotação de culturas contribui para eliminar pragas e, também, para melhorar as condições bioquímicas do solo. A monocultura corrobora para dar boas condições de sobrevivência para agentes patógenos. A mudança de cultivo retira da praga que ataca a plantação o seu principal alimento, logo, ela terá dificuldades de sobreviver. 

É uma alternativa relevante a ser considerada nessa atividade de agronegócio, porque também favorece a melhoria das condições físicas e químicas do solo. Torna a adubação mais eficiente e permite que a matéria orgânica seja recuperada com mais facilidade, em particular nas primeiras etapas de preparação do solo. 

Na hora de escolher as outras culturas a serem desenvolvidas, é válido optar por aquelas que ofereçam boas oportunidades de renda e que tenham sistemas radiculares distintos, como gramíneas e leguminosas, por exemplo. Atenção, ainda, para o tempo de desenvolvimento, que precisa ser rápido. 

6 – Investir em tecnologias de aplicação de defensivos

O uso de agrotóxicos na medida certa contribui para aumentar a eficiência das medidas mencionadas acima. O ideal para não utilizar defensivos demasiadamente é investir em tecnologias que propiciem uma aplicação mais assertiva, como aquelas que determinam com precisão a quantidade de produto a ser usada e parte ideal da planta onde aplicar. 

Tecnologias focadas em uma melhor pulverização também são bem-vindas, atualmente, os equipamentos de aplicação de defensivos contam com diferentes formatos de bicos para atender às demandas de cada situação. As regulagens desses equipamentos permitem adequar o mesmo exatamente para a altura da planta que será pulverizada e ainda tem sistemas que ajudam a enfrentar intempéries, como o vento, temperaturas elevadas e umidade.

Com essas dicas é possível reduzir ou eliminar de vez o uso de agrotóxicos!

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