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Raça leiteira: quais são as mais produtivas do Brasil

Raças leiteiras mais produtivas
Conheça as raças leiteiras mais produtivas do país – Crédito da Imagem: https://girleiteiro.wordpress.com

Hoje vamos falar sobre as raças que mais destacam no mercado de produção de leite no Brasil e no mundo. As raças puras ou o cruzamento delas são duas possibilidades para se ter gado de leite. E se você está pensando em começar um negócio nessa área, a escolha da raça é essencial para que se comece o investimento na produção de leite.

Aqui no País, é comum encontrar raças indianas e europeias para a produção de leite para uso doméstico, para comércios menores e até para a indústria. Muitas raças adquirem a finalidade de produção de leite e de carne. Continue acompanhando o texto para entender mais sobre o assunto.

Raças originais da Índia

Ao pesquisar sobre raças indianas, você poderá encontrar outros nomes para elas, tais como raças zebuínas ou gado zebu. As raças dessa região do planeta são conhecidas por serem rústicas e terem alta resistência. Das raças indianas, é possível colocar o holofote em raças como a Guzerá e a Gir. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas:

Guzerá: essa raça se adapta facilmente ao clima tropical do Brasil. A linhagem de Guzerá pode ser usada para a produção e consumo de leite ou carne. Essa raça oferece leite de qualidade.

Gir: a história no Brasil dessa raça mista começa em, aproximadamente, 1911, quando ela foi trazida para essas terras tupiniquins. Originais das montanhas de Gir, na Índia, mais precisamente ao sul da península de Catiavar, essa raça é ideal para a produção de leite. De pelagem difícil que varia entre o vermelho e amarelado com possibilidade de pintas, com temperamento dócil e ampla habilidade materna, a raça Gir costuma produzir leite de qualidade. A raça Gir costuma ser muito usada em cruzamentos para que o resultado seja outra raça leiteira.

Raças originais do continente europeu

Das raças europeias de gado leiteiro, podemos destacar essas:

Holandesa: essa é a raça que mais foi transportada para outros países, inclusive o Brasil. No mundo, ela é famosa por ser um potencial na produção de leite. Por aqui, sua produção costuma variar entre 6 mil a 10 mil quilos. Para quem ficou interessado, saiba que as vacas dessa raça necessitam de extremo cuidado em relação ao conforto e ao clima.

Jersey: essa raça é original da ilha de Jersey, que junto com Guernsey, representa as Ilhas do Canal, justamente no Canal da Mancha, território que é parte da Coroa Britânica. De pequeno porte, a Jersey tem a produtividade leiteira e a fertilidade como vantagens. Além disso, esse tipo de gado ainda apresenta a chance de longevidade. O leite produzido pela raça Jersey contém gordura e proteína, por isso, é destaque na produção de manteiga. Uma vantagem para os brasileiros: é que, assim como algumas raças indianas, a Jersey consegue se adaptar bem ao clima brasileiro.

Guernsey: já que falamos da Jersey, agora vamos falar da raça da ilha de Guernsey. A diferença entre o gado dos locais é que a Guernsey é considerada mais rústica. Essa raça é popular e tem a longevidade e a produção como algumas de suas vantagens.

Pardo Suíço: com o título de ser um dos mais antigos gados do planeta, essa raça está andando pela Terra desde 1800 antes de Cristo. A raça Pardo Suíço é usada no mercado principalmente para a produção de leite, porém também pode ser para o de carne.

Simental: outra raça suíça! Sua finalidade é para a produção de leite e carne.

Red Polled: desenvolvida pelos ingleses no século 19 e hoje em dia famosa em países como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Argentina e Uruguai, essa raça é ofertada como excelente tanto para a produção de leite quanto para a de carne. Com fertilidade podendo atingir a casa dos 100%, essa raça é amplamente utilizada para o cruzamento com raças europeias e indianas.

Cruzamentos e misturas de nacionalidades

Girolando: essa raça é o resultado do cruzamento da Gir com raças holandesas que começou na década de 40. E desde então nunca parou. Suas heranças genéticas garantem à raça boas características do ponto de vista mercadológico. Com seu bom desempenho econômico essa raça representa mais da metade da produção do leite brasileiro.

Caracu: essa raça nasceu da mistura dos bovinos de Portugal trazidos ainda na época do Brasil Colônia, entre os séculos XVI e XIX. A raça Caracu serve tanto para a produção de leite quando para o consumo de carne. Com fácil adaptação ao clima de vários estados do Brasil, é possível encontrar essa raça no Pantanal, nordeste, sudeste, sul ou região central.

Pitangueiras: você se lembra de termos falado da raça Red Polled acima? Pois saiba que a raça Pitangueiras é resultado do cruzamento de linhagens de Red Poll e da indiana Guzerá. Seu nome é uma homenagem ao nome da cidade que fica no estado de São Paulo.