Cavalo Crioulo – Conheça algumas curiosidades da raça
O cavalo crioulo é um dos mais utilizados para a lida com o gado e se destaca na preferência de criadores por ser um animal de fácil adaptação a diferentes climas e locais. Com boa inteligência e agilidade física, essa é uma raça que configura um bom investimento para quem deseja trabalhar com criação de equinos. Que tal conhecer algumas curiosidades?
Cavalo crioulo: 8 curiosidades sobre a raça
Com antepassados europeus, essa raça de cavalo tem resistência a variações de temperatura e se mostra relativamente fácil de adestrar. Continue lendo e confira 8 curiosidades sobre esse animal de bom porte e bela aparência.
1 – Raça proveniente de seleção natural
A raça de cavalo crioulo se originou a partir da combinação de animais Berbere e Andaluz, trazidos ao Brasil pelo explorador Àlvar Núñes de Vaca, em torno de 1634. Alguns dos equinos da comitiva do explorador acabaram se dispersando e vivendo livremente na região Sul.
Levou mais de quatro séculos para esses equinos selvagens fossem reparados e domados pelos moradores locais. A parte curiosa é que a raça surgiu e prosperou espontaneamente, um bom exemplo de seleção natural, haja vista a facilidade de adaptação desses animais.
O desenvolvimento da raça em um meio natural propiciou o fortalecimento de características essenciais, como sua resistência a variações de temperatura e força muscular, ainda que tenham uma estrutura compacta. A raça se originou no Sul do Brasil e em países vizinhos, como Argentina e Uruguai.
2 – Força em um corpo compacto
Como já mencionado, os cavalos dessa raça têm muita força muscular apesar de seu porte médio, que fica entre 1,38 e 1,50 metros. O peso médio fica entre 400 e 450 kg, seu corpo possui músculos bem torneados. Esses equinos estão entre os favoritos para a lida com o gado por serem muito fortes e inteligentes.
3 – Bom temperamento
Geralmente os cavalos crioulos têm bom temperamento, sendo relativamente fácil adestrá-los, contudo, em situações pontuais podem ter atitudes ariscas, demandando sempre atenção e cuidado por parte do criador.
4 – Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC)
A ABCCC foi criada em 1932 para coletar e debater dados a respeito da criação de cavalos dessa raça. O objetivo de associações específicas de algumas raças é promover estudos e trocar de experiências entre os criadores para tornar o trabalho de criação mais eficiente. Para se ter uma dimensão do impacto da criação de cavalo crioulo na economia brasileira, estima-se que cerca de 240 mil empregos tenham relação com essa raça de equino.
5 – Paleta de cores
Existem exemplares de cavalo crioulo com pelagens de cores bem variadas, no entanto, a mais comum é a gateada (referência à aparência de leão), cujo tom de base é um amarelo escuro contrastando com uma listra preta que se inicia do fim da crina até a cauda do equino. Outras cores que podem ser vistas em cavalos crioulos são:
Colorado: exemplar com pelagem num tom castanho claro quase vermelho.
Baio: cavalo com um pelo amarelo mais claro.
Picaço: com uma pelagem negra esse cavalo possui uma mancha branca na testa e detalhes brancos em suas extremidades.
Tordilho: cavalos brancos, mas que não são albinos.
Mouro: animal com pelo bastante negro brilhante com pequenos detalhes em branco.
Zaino: equinos com pelagem marrom escuro que podem parecer ter pelagem negra.
Rosilho: equinos com de pelagem mais escura que pode ser de um tom negro ou amarronzado com detalhes em tons mais claros.
Tostado: cavalos que possuem a crina numa tonalidade acobreada e com restante do pelo castanho-escuro.
6 – Grande potencial financeiro
Um dos motivos que faz os cavalos crioulo se destacarem na preferência de criadores é fato de ser uma raça com grande potencial financeiro. O valor médio de um equino desses é de R$ 25 mil, contudo, um animal chamado JLS Hermonos foi vendido pela bagatela de R$ 16,25 milhões.
Obviamente, esse era um exemplar único em termos de qualidade e funcionalidade competitiva. Nos últimos dez anos essa raça já se valorizou em mais de 600%. É ou não é um excelente investimento?
7 – Liberdade
A melhor forma de criar bons cavalos crioulo é deixá-los livres em seus primeiros meses de vida. O histórico dessa raça nos ajuda a compreender o motivo pelo qual essa liberdade é tão relevante, os animais se tornam mais resistentes e apresentam melhor adaptabilidade. O ideal é deixá-los em um pasto amplo até o momento em que chegarem à vida adulta. O criador não tem muito trabalho para adestrar esses equinos, porque são animais bastante inteligentes e intuitivos.
8 – Freio de ouro
Uma raça de cavalo tão especial que tem uma competição somente para ela, o Freio de Ouro é uma modalidade em que são avaliados quesitos como resistência, coragem, docilidade, doma do animal e aptidão física, tanto do equino quanto do ginete (cavaleiro).
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