Salva vidas de Rodeio – Os anjos da Arena
A figura do salva vidas de rodeio foi evoluindo com o passar das décadas, inicialmente usando roupas e pintura de palhaço, os também chamados anjos da arena, são hoje homens com porte físico bem trabalhado e equipamentos de segurança. Continue lendo para entender um pouco melhor como se deu essa evolução profissional.
Salva vidas de rodeio: evolução dos anjos da arena
Os rodeios existem há mais de um século, tendo começado no formato competitivo nos Estados Unidos, e foi lá também que a função de salva vidas dos bull riders teve início. A função principal desses profissionais é garantir a integridade física do peão quando ele sai do touro, tendo ou não completado o período complementar de 8 segundos. Os salva vidas deve evitar que o animal machuque o peão.
Durante muito tempo, a função de salvaguardar os peões pertenceu aos palhaços da arena, profissionais que eram contratados para usar roupas e pintura de palhaço para divertir o público antes e nos intervalos das competições. Historicamente, os palhaços participam dos rodeios desde o início das competições, mas nem sempre tiveram essa grande responsabilidade.
Evolução dos rodeios e a necessidade de salva vidas
Nem sempre uma competição de rodeio demandou a presença de salva vidas para os peões, pois, no começo, os touros não eram tão agressivos. Foi a adição de animais como os da raça Brahman que evidenciou essa necessidade. Em um certo período, eram os outros competidores que prestavam auxílio para os peões que se viam em complicações para sair do touro.
Há uma história no mundo country dos rodeios que aponta como a origem dos palhaços salva vidas um profissional contratado para a diversão do público que tinha sido praticante das touradas espanholas. Certa vez, ele teria salvado um competidor de um touro e passado a realizar essa atividade nas competições seguintes. Contudo, também há relatos que dizem que a agilidade dos palhaços foi o que os impulsionou a se tornarem salva vidas.
Palhaços salva vidas
No começo, não eram todos os palhaços que cumpriam essa função e aqueles que tinham esse trabalho também não o realizavam em tempo integral. Os palhaços costumavam entrar em ação somente quando algo fugia do controle dos peões. Parte do seu trabalho era desviar a atenção do animal do peão para dar tempo do competidor se levantar e fugir. Com o passar dos anos, os anjos das arenas foram desenvolvendo algumas técnicas para conseguir parar os touros e ajudar os bull riders.
Década de 1960: mudança de paradigma
A ideia de ter um profissional dedicado exclusivamente à proteção dos peões nas arenas surgiu na década de 1960, por meio de Wick Peth. Como Peth não era muito bom em animar o público, mas queria trabalhar com a segurança dos competidores, convenceu os organizadores dessa necessidade. Ele tornou-se uma referência no seu segmento de atuação, tendo trabalhado até os 50 anos de idade, criando um verdadeiro legado.
Na década seguinte, 1970, os salva vidas ganharam maior reconhecimento por seu trabalho, especialmente pelo surgimento de grandes nomes da área como Leon Coffee, Rex Dunn e Lecile Harris. Uma curiosidade é que Dunn gostava tanto desse trabalho que, quando se aposentou, passou a ministrar cursos para ensinar novos bullfighters, tendo formado toda uma geração nos Estados Unidos.
Harris trabalhou por 35 anos como salva vidas, desenvolvendo técnicas próprias que até hoje influenciam a atuação dos profissionais da área. A marca registrada de Coffee como salva vidas das arenas se tornou seu chapéu verde, ele era reconhecido de longe. Algo interessante é que ele começou na carreira como peão, tornando-se um salva vidas na sequência.
A função de salva vidas atualmente
Nos dias de hoje, os salva vidas não usam mais trajes de palhaço para realizar suas funções. São destacados profissionais especializados para a função de segurança, esses indivíduos usam roupas bem mais discretas e adequadas para proteger os peões. Para se tornar um salva vidas de rodeio, é fundamental cuidar do preparo físico e conhecer técnicas para proteger a integridade dos competidores.
Saber bastante sobre acessórios de montaria e outros itens utilizados pelos competidores para realizar as suas funções, também é relevante para que o anjo da arena consiga antever os movimentos do touro e do peão. Além disso, estar em uma situação de risco iminente, sendo responsável pela integridade de outra pessoa, demanda que esses profissionais sejam extremamente equilibrados emocionalmente.
Não é um trabalho fácil e cada vez mais exige preparo e especialização para que seja realizado com sucesso. A dica é que os interessados busquem se especializar e realizem uma série de atividades físicas complementares, como musculação, corrida, entre outras. É um trabalho multidisciplinar e que exige muita concentração.
Gostou de saber mais sobre a função de salva vidas de rodeio? Já conhecia a história dessa profissão? Deixe seus comentários e compartilhe com os seus amigos que também são apaixonados pelo mundo country!
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