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Raiva em equinos: entenda mais sobre a doença

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Uma doença que demanda grande atenção por parte dos criadores, a raiva em equinos é uma das principais causas de óbitos de cavalos. Resultante da ação de um vírus atuante no sistema nervoso central, é transmitida ao rebanho através de mordeduras de animais portadores, como morcegos, ou entre os próprios componentes do grupo. Alguns cuidados devem ser tomados para evitar o contágio.

Entenda mais sobre a raiva em equinos

Criadores de cavalos devem ficar atentos ao ouvir relatos sobre focos da doença, pois, geralmente, quando os sintomas da raiva começam a ser notados, já é tarde para salvar o rebanho. Além disso, o homem deve ter cuidado para não ser infectado pelo vírus. Listamos alguns tópicos relevantes para entender com mais assertividade como cuidar dessa questão, confira.

Transmissão

O principal vetor de transmissão da raiva em cavalos é a mordedura de morcegos hematófogos, que são aqueles que se alimentam de sangue. Eles mordem um equino infectado e transmitem o vírus para os animais saudáveis que são mordidos em seguida, por isso o uso de capas para cavalos é muito importante e serve como proteção. O vírus entra no organismo do animal saudável após o contato com a mordida e imediatamente passa a se replicar nas células musculares.

Rapidamente, o vírus se move até alcançar o sistema nervoso central, chegando à medula e ao cérebro. Como esse vírus tem a capacidade de se replicar em qualquer parte do sistema nervoso, os sintomas podem ser variados em termos de intensidade e manifestação.

Ciclo da doença

Uma questão importante a pontuar é o ciclo da raiva em equinos, geralmente a doença se desenvolve por um período de duas a quatro semanas. Normalmente, quando os sintomas começam a ser percebidos, o vírus da raiva já se fixou no sistema nervoso central, sendo tarde para o tratamento. Uma doença fatal, leva ao desenvolvimento de encefalomielite progressiva.

Sintomas da raiva

Os sintomas da raiva em equinos incluem comportamento agressivo, alterações no apetite (o animal deixa de comer), salivação demasiada, podendo formar espuma na boca, problemas respiratórios, dificuldades para deglutir, paralisia e tremores no corpo. Ao identificar comportamento estranho em algum animal do rebanho, agilize o seu isolamento. O contágio da raiva se dá bem rapidamente.

E não podemos esquecer: ao primeiro sinal desses sintomas, o animal deve ser levado imediatamente a um veterinário.

Procedimentos de controle do contágio

O criador que identifica causa de baixas em seu rebanho devido à raiva, deve isolar os animais potencialmente infectados para não permitir o contato com o restante. Os locais infectados pela estadia dos cavalos doentes devem passar por um processo de desinfecção por fogo ou química.

Diagnóstico

Uma questão bastante complicada relacionada à raiva em equinos é a impossibilidade de diagnóstico antes do óbito. Os sintomas mencionados acima permitem identificar a manifestação do vírus, mas somente será possível ter certeza da presença da doença realizando a necropsia do equino, bem como a colheita do material para diagnóstico.

Os criadores devem ficar atentos às notícias relacionadas a casos de raiva equina na região em que vivem. Com a internet, se tornou ainda mais fácil ficar a par desse tipo de notícia, faça pesquisas constantes e mantenha seu rebanho devidamente vacinado.

Prevenção

Saber como prevenir raiva em cavalos é essencial para proteger o rebanho contra uma doença imprevisível e letal. Ao nascer, os filhotes têm a imunização passiva (feita da mãe para o feto), sua duração é de cerca de um mês. Após esse período, é recomendado o início da rotina de vacinas para equinos, com foco na proteção da raiva. A vacina deverá ser aplicada anualmente para evitar os riscos de contágio.

O ideal é a aplicação da vacina antirrábica em uma região com musculatura abundante, como na garupa ou na tábua do pescoço. O conteúdo preventivo deve ser profundamente absorvido pelo músculo, sendo esses lugares os melhores para a injeção. Não é recomendado aplicar esse tipo de vacina com pistolas automáticas por seu perfil de alcance subcutâneo. Os mínimos detalhes podem fazer toda a diferença na manutenção da saúde dos seus equinos.

A vacina antirrábica pode ser adquirida em estabelecimentos autorizados. Entre o período da compra e da aplicação no equino é necessário deixá-la no gelo. Com a saúde dos cavalos não se brinca, além do cronograma de vacinação, é importante ter acompanhamento frequente de um veterinário.

Criadores precisam ter alguns cuidados

Quem entrar em contato direto com os animais doentes e/ou com as suas secreções orais, deve ter alguns cuidados, incluindo a busca de atendimento médico, pois pode ser necessário realizar a profilaxia pós-exposição. Cuide da sua saúde com seriedade, lembre-se de que a raiva também pode infectar o ser humano e ser letal.

Gostou de saber mais sobre a raiva em equinos? Deixe seus comentários abaixo e compartilhe em suas redes sociais, para que outros criadores saibam quais são os cuidados que precisam tomar.