Rodeio

Bulldogging ou Steer Wrestling – Modalidades Radicais do Rodeio

Steer Wrestling - modalidade
Bulldogging – Mais força do que técnica

O maior espetáculo do mundo para um cowboy é o rodeio. Ver o peão e o boi na arena é de fazer saltar o coração de quem é fã do mundo country. Mas engana-se quem pensa que existe apenas uma modalidade do esporte. Entre os diferentes tipos de competições há uma considerada muito radical e até perigosa: o BullDogging, também conhecido como Steer Wrestling.

Trabalho em conjunto

Essa antiga e arriscada modalidade é praticada por dois competidores que precisam se ajudar para dominar e derrubar um garrote, que pode pesar cerca de 300 kg. O objetivo é levar o animal ao chão no menor espaço de tempo. Para isso, os peões contam com a ajuda de cavalos. A principal raça a participar desse tipo de competição é o Cavalo Quarto de Milha, que é conhecido por ser rápido e forte.

O cavaleiro que fica à direita tem a função de esteira, ou seja, precisa cercar o boi e evitar que ele se distancie muito. Enquanto isso, o companheiro fica à esquerda e se prepara para o momento exato de saltar sobre o touro, agarrar seus chifres e derrubá-lo. A ideia é fazer tudo isso o mais rápido possível. Por isso, os dois cavaleiros precisam ter uma ótima sincronia.

Origem da modalidade

O Bulldoging começou há muitos anos nos Estados Unidos. Acredita-se que o responsável por trazer essa modalidade ao mundo foi um fazendeiro chamado Bill Packett. A história conta que por volta do ano 1930 o criador de cavalos viu um boi seu fugindo e decidiu ir atrás dele. Conseguiu completar a tarefa ao saltar do cavalo sobre e boi e, então, agarrar seus chifres.

Existe também outra história sobre a origem da modalidade. Há quem diga que a ideia surgiu de alguns colonos que observavam a maneira como seus cachorros conseguiam pegar os bois fugidos, pulando sobre o pescoço do animal e o levando ao chão.

A história do esporte no Brasil

O Bulldoging chegou no Brasil no ano de 1988 pelas mãos dos peões Paulo José Man e os irmãos Guilherme e Henrique Prata. Os brasileiros começaram a praticar a modalidade em Presidente Prudente, em São Paulo. Ao longo do tempo o esporte se popularizou e se propagou para outras cidades do estado.

Hoje, temos cerca de 30 competidores no Brasil. As provas acontecem principalmente em centros de treinamentos no estado de São Paulo, como no Rancho 3 Irmãos (Avaré), Rancho Bisturi (Vargem Grande do Sul), Fazenda Casa Branca (Indaiatuba), Bulldog ranch (São José do Rio Preto), Rancho Canadá (Barretos), Guaxupé, Haras Regina e Prudenharas (Presidente Prudente). Mas há também algumas competições que são realizadas em Martinópolis, Indaiatuba, Americana e Divinópolis. Em geral, o campeonato é organizado pela Liga Nacional de Bulldogging (LNB), associação que regulamenta o esporte.

Regras fazem parte da competição

Ao longo dos anos, foram criadas regras para a modalidade. Para que o boi seja considerado derrubado, por exemplo, ele precisa estar com as costas completamente no chão e as quatro patas inclinadas. E o cavaleiro precisa continuar em cima do boi até receber a bandeirada, confirmando que finalizou a prova. Enquanto isso, ninguém pode ajuda-lo. A prova deve durar no máximo 1 minuto.

Outra regra importante é para a proteção do garrote. O peão não pode prensar a cabeça do animal e deve sempre se preocupar em manter sua integridade física. A única exceção é caso o boi torne-se agressivo e ofereça perigo, partindo para ataques ou chifradas.

Como começar a praticar

Antes de começar a praticar o bulldoging o peão precisa de uma ferramenta muito importante: o cavalo. A raça mais comum nessa modalidade é o Quarto de Milha, pois tem características que ajudam o competidor dentro da arena, como agilidade, velocidade e aptidão para trabalhar com o boi, sendo que também é muito dócil.

Depois, a dica é procurar um profissional experiente que seja capacitado para lhe treinar. O melhor lugar para procurar um centro de treinamento é na Liga Nacional da modalidade, que pode dar referências. Aconselha-se treinar por cerca de seis meses a um ano antes de tentar uma competição.

Antes da força, a técnica

No início do esporte, uma das características mais importantes do peão era a força. Na época, os bois usados eram mais fortes e não havia raça específica para a modalidade. Hoje, existe uma boiada criada a partir do cruzamento de raças específicas que desenvolvem o chifre precocemente. Assim, não exigem tanta força do competidor. Por isso, o cavaleiro precisa desenvolver técnicas para derrubar o garrote do modo correto e aprender como segurá-lo sem se machucar ou machucar o animal. O conselho para quem deseja seguir essa área é apostar no treino e no aperfeiçoamento da técnica.

Gostou de saber os detalhes da modalidade mais perigosa do rodeio?

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