Bambeira Equina
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Bambeira equina – O que é e como tratar a doença

A Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM), conhecida popularmente como Bambeira equina, é uma doença neurológica que pode acarretar dificuldades de locomoção, falta de equilíbrio, fraqueza, entre outras questões para o cavalo afetado. É uma enfermidade causada por um protozoário que pode ser bastante agressiva.

O que é bambeira equina?

Doença neurológica que afeta cavalos, a Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM) é causada pelo protozoário Neurona sarcocystis, encontrado principalmente em fezes de gambá que podem ser ingeridos pelos equinos juntamente com o feno, a ração, água e, especialmente, a pastagem natural. 

Uma vez no organismo do cavalo, esse protozoário afeta o sistema nervoso, viajando pela corrente sanguínea. Entre as principais complicações que a doença causa estão fraqueza muscular, perda de equilíbrio e dificuldade de locomoção. Nos casos mais graves, os animais podem apresentar atrofia muscular, paralisia dos nervos cranianos e chegarem a óbito. A manifestação mais intensa dos sintomas depende do quanto o sistema nervoso central dos equinos está comprometido. 

Identificando o problema

Como mencionamos acima, o aparecimento e gravidade dos sintomas da Bambeira equina dependem de quanto foi o comprometimento do sistema nervoso central. O primeiro sinal da também chamada “doença do gambá” é o desequilíbrio do cavalo, com posterior dificuldade de locomoção. 

Geralmente, os animais afetados ficam com as pernas duras, sem conseguir dobrá-las e têm grande dificuldade de andar em círculos. Os sintomas costumam se manifestar em até um mês após a infecção, porém, há casos de manifestação tardia dos sinais de alerta, o que pode ocorrer em até dois anos. 

Com o passar do tempo, se não houver tratamento, é possível que grupos musculares do animal comecem a atrofiar. Ao perceber que seu cavalo está com dificuldade de caminhar, é importante solicitar a visita de um veterinário, pois quanto antes for realizado o diagnóstico, mais efetivo pode ser o tratamento. A bambeira equina tem cura, mas pode deixar sequelas caso demore a intervenção clínica. 

Diagnóstico da bambeira equina 

O veterinário se vale de exames clínicos e observação de sintomas para diagnosticar a bambeira equina. Para confirmar o diagnóstico, o veterinário pode solicitar o exame Western Blot, realizado nos Estados Unidos, com foco em analisar o líquido cefalorraquidiano do cavalo. Dependendo do quanto os sintomas estão se manifestando, é mais fácil para o especialista detectar o problema. 

Tratamento da bambeira equina 

Após a avaliação e diagnóstico é possível dar início ao tratamento clínico, que geralmente consiste em medicação a cada três meses. Com a recuperação do animal, a medicação passa a ser ministrada a cada seis meses com novas dosagens. Quanto antes o problema for identificado, maiores são as chances de recuperação completa. 

A dosagem do medicamento varia de acordo com as necessidades e agravamento de cada caso. No entanto, é essencial ressaltar a dificuldade de recuperação de animais de fazenda de doenças parasitárias, pois se formam cistos na musculatura que podem ser rompidos, reiniciando a infecção. O comprometimento do sistema imunológico corrobora para que essa nova infecção se espalhe com rapidez e intensidade pelo organismo. 

Uma das funções do medicamento utilizado no tratamento da enfermidade é romper esses cistos para impedir que uma nova infecção venha a ocorrer. Se transcorrer um período longo entre o início da doença e o tratamento, é possível que haja atrofias de grupos musculares que deixaram de ser usados pelos animais em decorrência da paralisia causada pela bambeira. O acompanhamento de um médico veterinário após a recuperação é importante para assegurar a boa saúde dos equinos. 

Bambeira equina não é contagiosa

É de grande importância destacar que a bambeira equina não é contagiosa entre os cavalos, assim, você não precisa isolar um animal que tenha esse diagnóstico, pois ele não passará a enfermidade para outros equinos. 

Os cavalos são hospedeiros acidentais do protozoário causador da doença, então, não é essencial para o seu ciclo de vida passar de um animal para outro. Conviver com outros equinos pode ser positivo para o emocional do cavalo. 

Prevenção da bambeira equina

A forma mais efetiva de prevenir essa doença é cuidar para não ter a presença de gambás nas proximidades dos locais habitados pelos equinos. Embora essa seja uma tarefa um tanto quanto complicada, haja vista que os gambás podem defecar em áreas de pastagem natural, vale a pena manter a atenção em relação a isso.

Os cuidados com a higienização correta de cochos e bebedouros dos animais de fazenda são determinantes para criar um ambiente saudável para o desenvolvimento deles. Evite deixar restos de comida por um período prolongado e troque a água com regularidade. 

Ressaltamos que gambás são animais silvestres protegidos pela Lei Nº 9.605 de Crimes Ambientais, de maneira que não se deve empreender qualquer ação de perseguição e/ou eliminação dos mesmos. 

Agora que você já conhece tudo sobre bambeira equina pode conferir mais novidades do mundo country em outros artigos do blog da Rodeo West!