Doenças reprodutivas em bovinos: conheça as mais comuns e os seus impactos

As doenças reprodutivas em bovinos representam uma barreira para criadores de gado, independentemente do tipo de criação. Essas enfermidades podem levar os rebanhos a não atingir o seu potencial. Continue a leitura para conhecer mais sobre as principais doenças bovinas relacionadas à reprodução e os seus impactos.

Conheça as principais doenças reprodutivas em bovinos e os seus impactos

As doenças reprodutivas em bovinos podem prejudicar a fertilidade dos animais e, até mesmo, levar os bezerros e as matrizes a óbito. De maneira geral, essas doenças são decorrentes de bactérias, protozoários e vírus presentes nos animais e no ambiente em que eles vivem.

Essas enfermidades podem se manifestar tanto nas fêmeas como nos machos. Desse modo, é essencial conhecer melhor as doenças reprodutivas que podem acometer o gado para buscar pelo acompanhamento veterinário o mais rápido possível.

Veja quais são as doenças reprodutivas mais comuns e os seus impactos.

1 – Rinotraqueíte infecciosa bovina – IBR (origem viral)

O agente causador dessa doença reprodutiva é o herpesvírus. Além de afetar o trato reprodutivo dos bovinos, pode gerar lesões em outras partes do corpo dos animais. É uma enfermidade que demanda muita atenção dos criadores. Essa doença costuma estar presente especialmente em animais mais jovens, no entanto, também pode se manifestar em adultos.

A principal forma de transmissão é através da mãe, contudo, nos adultos pode ser transmitida também por meio da cópula. O vírus pode se manter em latência por longos períodos e se manifestar quando os animais infectados estiverem com a imunidade baixa.

2 – Leptospirose bovina (origem bacteriana)

A leptospirose bovina tem origem bacteriana e é bastante comum no Brasil. Em geral, é mais presente em locais úmidos ou que possuem a umidade do ar elevada. É uma doença que compromete o trato reprodutivo dos bovinos, podendo levar à ocorrência de abortos, natimortos ou o nascimento de bezerros fracos. A transmissão dessa enfermidade se dá pelo com contato com a pele ou de forma oral, através de secreções ou urina de animais infectados.

3 – Brucelose (origem bacteriana)

Essa é uma doença bastante comum nos rebanhos, mas que é pouco diagnosticada. Os sintomas da Brucelose são semelhantes aos de outras enfermidades, o que pode gerar confusão. Trata-se de uma enfermidade crônica que pode ser transmitida por meio de vias oral e genital dos bovinos.

Fêmeas mais jovens contaminadas com a doença têm mais chances de sofrer abortos. No caso das fêmeas mais velhas, é possível observar um menor risco ao longo das gestações, no entanto, ainda se pode observar bezerros mais fracos e com menor resistência.

4 – Neosporose (origem protozoária)

Doença de origem protozoária, a Neosporose tem em cães os seus vetores de transmissão para os bovinos. A enfermidade atua diretamente na eficiência reprodutiva dos animais, no entanto, seus impactos são mais amplos e podem até mesmo gerar redução da produção de leite em diferentes raças bovinas.

5 – Diarreia bovina – BVD (origem viral)

A doença é causada por um vírus que pertence à família Pestivirus (parecido com aquele que causa a peste suína). Quando o feto é contaminado entre os dias 50 e 120 de gestação, não vai a óbito, porém, se torna um disseminador do vírus para o restante do rebanho pecuário de corte ou de leite. O ideal para prevenir o problema é realizar o exame de sorologia no rebanho, não deixando que o vírus se espalhe.

6 – Tricomoníase (origem protozoária)

Essa doença afeta especialmente as fêmeas, podendo originar inflamações na vagina, útero e cérvix. Os principais impactos dessa doença são abortos no período inicial das gestações e repetições do cio.

Enquanto o protozoário causador da doença permanece no sistema da vaca, pode impedir a geração de novas gestações nas fêmeas.  Em touros, essa doença costuma ser assintomática, fazendo desses animais potenciais disseminadores e levando a sérios prejuízos.

7 – Campilobacteriose (origem bacteriana)

Doença reprodutiva que afeta tanto machos quanto fêmeas, mas que tem nos touros contaminados um dos maiores disseminadores. A cópula é a principal forma de contaminação do rebanho.

Essa doença impacta as fêmeas, alterando o ambiente uterino e modificando o desenvolvimento embrionário. Também gera dificuldades para a implantação de embriões. O início da contaminação é a vagina e pode se espalhar pelo trato reprodutivo da fêmea, levando a diversas complicações relacionadas à fertilidade.

Acompanhamento veterinário

Ao longo do texto você pode conhecer mais sobre as principais doenças reprodutivas em bovinos e deve ter percebido que algumas são assintomáticas. A melhor forma de lidar com esse problema e evitar que essas enfermidades se espalhem pelo rebanho é através de acompanhamento veterinário constante. Baterias de exames e vacinas em dia podem evitar uma série de dores de cabeça para os criadores.

Essas são as doenças reprodutivas mais comuns em bovinos, cuide do seu rebanho para evitá-las!

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