Babesiose equina: conheça a doença e a forma de tratamento
A babesiose equina é uma doença que também pode ser chamada de piroplasmose ou nutaliose. No artigo a seguir você poderá saber mais sobre essa enfermidade que pode gerar grande desconforto aos seus animais e como tratá-la.
O que é babesiose equina?
Uma doença que acomete cavalos, a babesiose equina é transmitida pelo protozoário (Babesia Equi e Babesia Caballi) através de picada de carrapato. Geralmente, esses protozoários utilizam carrapatos das espécies Rhipicephalus microplus, Amblyomma cajennense, Dermacentor nitens e Hyalomma como vetores de transmissão.
Após a picada de contaminação, transcorre um período de 5 a 30 dias para que a enfermidade se manifeste. Essa doença pode ser transmitida tanto por uma infestação de carrapatos quanto pelo contato entre animais sadios e animais contaminados. Então, é importante evitar que haja esse contato.
Entre as consequências que essa doença pode ter nos cavalos, citamos a queda do desempenho dos animais e a perda de peso. A babesiose equina ainda é uma doença que causa diversos prejuízos para os criadores e pode levar à grande sofrimento para os equinos acometidos.
Inclusive, há casos em que cavalos de competição são impedidos de participar de competições internacionais em decorrência das restrições sanitárias impostas por causa dessa enfermidade. A doença gera uma série de problemas individualmente aos animais e também ao plantel. Lembre-se de que pode haver transmissão entre os infectados e sadios.
Sintomas da babesiose equina
Essa doença em cavalos representa um grande risco para os animais. Se os indivíduos acometidos apresentam menor quantidade de anticorpos, podem até ser levados a óbito. Por isso, identificar que há algo errado com os cavalos é fundamental para evitar que o problema se torne ainda maior.
Confira a seguir os principais sintomas causados por essa doença:
– Febre;
– Apatia (o animal parecerá bastante cansado);
– Anemia;
– Perda de apetite;
– Presença de sangue na urina;
– Lacrimejamento;
– Falta de coordenação motora;
– Decúbito (os animais tem dificuldade ou não conseguem se levantar quando estão nessa posição deitados lateralmente).
Se a doença acomete éguas gestantes, pode levar ao desenvolvimento de infecções no útero, a abortos e até a potros natimortos. Então, ao mínimo sinal da doença, procure um especialista, abaixo explicaremos como proceder para o diagnóstico.
Babesiose equina crônica
Em alguns equinos, a doença adquire caráter crônico, de forma que os sintomas podem ser observados por toda a sua vida. É essencial evitar que os casos se tornem crônicos, pois quando isso acontece, se tornam fonte de infecção para outros animais sadios. Outro ponto fundamental é entender que animais que já tiveram alguma forma de babesiose equina não devem ser submetidos a situações de estresse.
Esses animais podem voltar a desenvolver a enfermidade caso passem por situações de grande exigência física, como treinamentos, viagens ou atividades em excesso. Essa dica vale até mesmo para os cavalos que tiveram uma forma branda de babesiose equina.
Como é o diagnóstico da babesiose equina?
Para detectar a doença é necessário realizar exame laboratorial com amostras de sangue dos equinos sob suspeita. O tratamento deve ser iniciado imediatamente ao identificar a doença.
Tratamento da babesiose equina
O tratamento da babesiose equina se baseia no uso de vitaminas do complexo B12 e anti-protozoários. O objetivo é impulsionar a produção de hemácias. Ressaltamos que, nos casos em que a enfermidade é identificada no início, há mais chances de salvar a vida do equino. No entanto, se o tratamento demorar para ser iniciado, pode se tornar bem difícil salvar a vida do cavalo.
Como prevenir a babesiose equina?
A forma mais efetiva de prevenção da babesiose equina é eliminar o vetor de transmissão, ou seja, o carrapato. Contudo, esse não é necessariamente um processo simples e que tem resultados rapidamente. Após realizar esse processo de eliminação, é importante que o criador fique atento a quaisquer possíveis sinais da doença.
Também é importante que haja o acompanhamento dos animais por um médico veterinário. Esse cuidado é essencial tanto para identificar casos de babesiose equina como de outras doenças que podem acometer o seu plantel. Controlar os carrapatos contribui para reduzir as chances de desenvolvimento da doença.
Outras medidas que podem ser adotadas, além da erradicação do transmissor, são:
– Utilizar materiais descartáveis;
– Utilizar hematológicos nas áreas endêmicas;
– Ter boa manutenção da higiene de forma geral;
– Realizar um manejo adequado dos animais.
Prevenir é sempre o melhor caminho!
O trabalho de prevenção da babesiose equina é importante tanto pela economia que gera quanto para o bem-estar dos seus cavalos. Se não há doença não é necessário empregar recursos para o tratamento. Além disso, poupar seus animais de enfrentar uma enfermidade como essa é fundamental para preservar o seu bem estar. Cuide bem dos seus amigos equinos.
Agora você sabe mais sobre a babesiose equina e como preveni-la. Acesse outras postagens do blog da Rodeo West para conferir mais dicas e novidades sobre o universo country!
Fonte imagem: pixabay.com