Mormo em equinos: quais os sintomas e como tratar essa doença?
A doença de mormo em equinos deve ser notificada, assim que identificada, às autoridades sanitárias. Além do risco de contaminar o restante do plantel, a enfermidade pode chegar aos humanos. Continue lendo para saber mais sobre o tema.
O que é mormo em equinos?
A doença infectocontagiosa de mormo, também conhecida como lamparão, acomete equinos e tem como agente causador a bactéria Burkholderia mallei. Devemos ressaltar que essa doença pode ser transmitida para o restante do plantel e também para o ser humano.
Caracteriza-se por gerar um corrimento viscoso nas narinas. Também gera o surgimento de nódulos subcutâneos nas mucosas nasais, nos gânglios linfáticos e nos pulmões.
Pode se manifestar ainda na forma de pneumonia. Os equinos são contaminados pelo mormo quando entram em contato com material infectante de outro animal doente como, por exemplo, pus, secreção nasal, fezes ou urina.
Sintomas do mormo em equinos
Os animais que estão infectados por mormo apresentam como sintomas mais recorrentes a presença de nódulos nas mucosas nasais, gânglios linfáticos e pulmões. Além disso, ainda podem apresentar catarro e quadro de pneumonia.
Na forma aguda, a doença leva à febre de 42°C, prostração e sensação de fraqueza. Também é normal o surgimento de pústulas na mucosa nasal que se convertem em úlceras profundas com a presença de secreção.
No começo, a secreção tem cor amarelada, na sequência ela se torna sanguinolenta. Também leva ao surgimento de dispnéia e intumescimento ganglionar.
É importante mencionar que há casos em que a doença pode ser assintomática. Porém, manifestar ou não os sintomas não reduz ou potencializa a gravidade. Mormo é uma doença com elevada taxa de mortalidade e que pode acarretar em graves consequências para todo o rebanho.
Como ocorre a contaminação do mormo em equinos?
Saber como os cavalos ficam doentes é essencial para investir em medidas preventivas para evitar a contaminação do plantel. Como já citamos, o contágio se dá através do contato do animal sadio com material infectante de outro animal comprometido pela doença. Entre os materiais infectantes podemos citar: pus, urina, fezes e secreção nasal.
O agente causador da doença é uma bactéria e, dessa forma, é comum que a enfermidade se alastre através da água da propriedade. Também é essencial ter cuidado com utensílios e alimentos contaminados através dos quais a doença pode se espalhar. Por isso é tão importante realizar um processo rigoroso de desinfecção da propriedade após identificar a existência de um ou mais casos de mormo.
A bactéria causadora da doença penetra no animal sadio pela via digestiva, genital, respiratória ou cutânea (através de lesão). Esse germe cai na corrente sanguínea e posteriormente chega aos órgãos, em especial os pulmões e o fígado.
Tratamento do mormo em equinos
A doença de mormo pode se apresentar tanto na forma crônica quanto na forma aguda. A última é mais frequente em asininos. Quando se identifica que há animais suspeitos, é essencial isolá-los para então submetê-los à prova complementar de maleína. A realização e a interpretação desse teste devem ser feitas por um veterinário do serviço oficial. Essa é uma doença que apresenta mortalidade alta.
Devido ao risco de contaminação do restante do plantel e de transmissão ao ser humano, é comum que haja a eutanásia do animal infectado. A propriedade fica interditada, a sua liberação acontece somente após os exames de todos os equinos darem negativo para a doença e terem sido realizados os processos de desinfecção.
Notificação das autoridades sanitárias
Após a identificação da existência de um animal infectado é fundamental comunicar imediatamente a Defesa Sanitária. A área deve ser isolada assim como os animais suspeitos que serão submetidos ao teste. Os equinos que testarem positivo para mormo deverão ser sacrificados.
Os corpos dos animais contaminados e sacrificados devem ser cremados no próprio local. Todo o material que esteve em contato com esses animais precisa passar por um processo de desinfecção. É essencial que haja uma rigorosa limpeza dos alojamentos desses animais. As medidas profiláticas adotadas apenas podem ser suspensas somente após o período de 120 dias do último caso.
A propriedade em que se identificou casos de mormo deve ter o trânsito de animais bloqueado e suspenso. Essa é uma doença contagiosa que pode se espalhar pelo restante do plantel e que pode inclusive infectar seres humanos. É determinante que se tenha o cuidado de bloquear a continuidade do contágio.
Mormo em humanos
No ser humano, o mormo é menos comum, porém, também pode levar a sérias consequências, inclusive ao óbito. A doença nos humanos apresenta sintomas como febre, dor de cabeça, dor no peito, rigidez e dor muscular.
Todas as pessoas que tiveram contato com animais infectados devem fazer exames para identificar a presença da bactéria Burkholderia mallei no organismo.
Agora você já conhece as informações mais importantes sobre a doença de mormo.
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