Reflorestamento
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Reflorestamento: por que esse assunto é importante para todos nós?

O termo reflorestamento tem aparecido bastante na mídia nos últimos anos devido ao reconhecimento da importância dessa medida para o futuro do planeta. Em um contexto em que já é possível sentir as consequências do aquecimento global, é urgente buscar alternativas para minimizar os problemas climáticos decorrentes da ação do homem. Continue lendo para entender melhor esse assunto.

O que é reflorestamento?

Antes de qualquer coisa, é importante entender o conceito de reflorestamento. Trata-se do plantio e manutenção da vegetação em áreas degradadas previamente. Conforme o objetivo da ação, são escolhidas determinadas espécies.

Há algumas razões que podem estar por trás do reflorestamento, como motivos legais, por exemplo. Outra possibilidade é a captação de gás carbônico ou ainda a tentativa de recuperar o ecossistema original.

Pode ter finalidade comercial a partir do cultivo de mudas de rápido crescimento e alguns tipos de árvore bem aceitos no mercado. Pode ter ainda interesses sociais, como conter encostas ou gerar alimentos. O reflorestamento também pode ser usado para minimizar a pegada ambiental de pessoas e empresas.

Reflorestamento não é o mesmo que florestamento

O plantio de árvores em áreas degradadas pode ser definido por dois termos: reflorestamento e florestamento. Os dois diferem entre si pelo uso prévio do solo. Basicamente, florestamento diz respeito ao plantio de árvores em áreas que, historicamente, não tinham florestas.

Por sua vez, o reflorestamento consiste no plantio de árvores em áreas que, historicamente, tinham vegetação florestal que foi eliminada pelo homem. Há casos em que a vegetação de áreas degradadas consegue se regenerar sozinha. Porém, alguns ecossistemas estão tão degradados que não conseguem se reerguer sem ajuda.

Por que o reflorestamento é importante?

O estilo de vida do homem moderno é bastante prejudicial para o meio ambiente. Construções de grande porte, como hidrelétricas, mineração, expansão dos centros urbanos, exploração de madeira, entre outros, podem gerar grandes impactos a diversos ecossistemas. Entre os anos de 2010 e 2015, o Brasil foi o país que mais perdeu área de florestas no planeta. Segundo dados do relatório da ONU, foram 984 mil hectares.

Outro dado alarmante é que grande parte desse desmatamento é realizado através de queimadas. As queimadas se constituem em um dos principais fatores de emissão de gás carbônico e material particulado do Brasil.

Para se ter uma ideia, 75% das emissões de CO2 em nosso país são resultantes do desmatamento e das queimadas. Nesse processo, o carbono acumulado na biomassa das árvores é liberado.

O reflorestamento é crucial para garantir a sustentabilidade do planeta, pois as florestas nos oferecem uma série de benefícios, como a captação do CO2 da atmosfera. Esse processo se dá através da fotossíntese.

Além disso, as florestas contribuem para evitar a erosão do solo, melhorando, assim, a sua qualidade. Outros benefícios do reflorestamento incluem redução do escoamento artificial e desregulação climática.

Conheça os tipos de reflorestamento

Agora que já ficou evidente o quanto o reflorestamento é importante, precisamos explicar os tipos que existem. Há, em linhas gerais, dois tipos de reflorestamento: o de fins comerciais (florestas plantadas) e de fins ecológicos (mata nativa). Esses dois tipos geram debates há décadas.

Nessa discussão há o grupo que defende as monoculturas de eucalipto e quem apoia o reflorestamento com vegetação nativa. A seguir vamos explicar com mais detalhes os dois tipos para que fique mais claro porque existe esse embate.

Florestas plantadas com fins comerciais

Em 1934, o Brasil teve o seu primeiro Código Florestal. No entanto, foi somente em 1965, com o segundo Código Florestal, que houve mudanças no manejo das florestas. No período entre 1965 e 1988, houve estímulo do governo para o reflorestamento por meio de incentivos fiscais.

Foi um período repleto de fraudes e plantações mal sucedidas. Cresceu consideravelmente as monoculturas de eucalipto e pinus. O cenário atual continua bastante semelhante, sendo que 70% das florestas plantadas são de eucalipto e 22% são de pinus. Grande parte dos reflorestadores dessa categoria é de grandes companhias produtoras de papel e celulose.

Também há áreas de florestas plantadas com a finalidade de captação dos gases do efeito estufa, nesse caso, o comércio se dá no mercado de carbono. Em geral, os compradores desse tipo de floresta plantada são empresas e países desenvolvidos para alcançar os valores de emissão de gases de acordo com o Protocolo de Quioto.

Florestas para fins ecológicos

Nesse tipo de reflorestamento, o principal objetivo é a restauração ecológica. É feita uma intervenção através do plantio de árvores nativas como uma forma de recuperar o ecossistema.

Trata-se de uma medida importante para a recuperação dos serviços ecossistêmicos de uma região. No entanto, é necessário ressaltar que não é possível a recuperação total de um ecossistema idêntico ao original.

É importante mencionar, ainda, o reflorestamento de recomposição florestal que, basicamente, se caracteriza por plantar mata nativa para tentar compensar o que foi desmatado. Geralmente, as espécies escolhidas estão alinhadas com vegetação natural do local. Árvores frutíferas e com flores são escolhidas para atrair animais e insetos para realizar a dispersão.

Fonte imagem: pixabay.com