Pandemia: conheça os impactos para o homem do campo
A pandemia do coronavírus chegou ao Brasil em meados de março de 2020 e, desde então, os produtores rurais precisaram se adaptar. As atividades econômicas do campo foram atingidas pela crise e os produtores se viram em um cenário de enfrentamento ao vírus e ao revés mercadológico. Continue lendo para entender melhor os impactos.
Principais impactos da pandemia para o homem do campo
Desde que a pandemia se tornou uma realidade no Brasil, passou a ser urgente adaptar a forma de trabalhar no campo para não sucumbir à crise. Conheça, a seguir, quais foram os principais efeitos da pandemia nesse segmento de mercado tão relevante para o Brasil.
1 – Adoção de novas boas práticas
De maneira geral, o setor agropecuário brasileiro já primava pelas boas práticas com a produção no tocante à higiene. Dentre os cuidados necessários que foram apenas reforçados, estão: evitar que pessoas estranhas entrem no local de produção e a higienização constante do maquinário. Os produtores devem ter esses cuidados para evitar quaisquer tipos de contaminação dos alimentos.
As mudanças se concentraram mais no relacionamento entre os trabalhadores rurais, afinal, se tornou imprescindível a adoção de distanciamento e maior zelo pela higienização pessoal. Os trabalhadores não devem permanecer em ambientes fechados e nem formar aglomerações.
O maior controle do acesso de veículos às propriedades também se tornou uma prioridade. Os veículos que, inevitavelmente, tiverem que entrar na propriedade devem passar por limpeza sanitária. Há também a recomendação de que os animais de uma propriedade não tenham contato com os de outra propriedade.
2 – Cuidados com o transporte
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabeleceu algumas recomendações bastante pertinentes para o transporte da produção agropecuária. A limpeza dos equipamentos de transporte deve ser realizada diariamente e se deve evitar o compartilhamento. Ainda que se tenha buscado reduzir ao máximo os impactos desses cuidados na fluidez do transporte, sempre há uma ou outra questão.
Algo que contribui para que as perdas sejam mínimas e os empecilhos removidos é a busca por ouvir os relatos dos produtores. Quando se deparam com alguma situação desfavorável, esses produtores podem relatar o problema para o Ministério da Infraestrutura.
A atuação do ministério tem se dado através das secretarias municipais. Em algumas localidades, podem existir barreiras para o fluxo de cargas e pessoas. Os produtores devem estar preparados para ter um plano B diante de um impedimento.
3 – Atividade essencial
O produtor rural tem conseguido evitar os principais efeitos da crise econômica gerada pela pandemia por ter sua atividade classificada como essencial. O Decreto 10.282 de 20 de março de 2020, tornou a produção de alimentos e bebidas essencial, de maneira que o produtor se mantém trabalhando mesmo nas fases mais críticas em seus estados.
O estabelecimento da atividade como essencial tem como objetivo evitar que haja desabastecimento no país em decorrência do coronavírus. Contudo, os produtores devem se manter em constante alerta, pois, como tudo na pandemia, o status pode ser avaliado e reavaliado pelas autoridades a qualquer momento. A incerteza talvez seja o principal impacto da pandemia na vida do homem do campo.
4 – O impacto financeiro
Enquanto a vacinação não atinge uma porcentagem considerável da população brasileira, diversos setores da economia enfrentam impactos financeiros. Embora o agronegócio esteja entre os setores menos impactados, também sofre com a impossibilidade de giro da economia.
O agronegócio é composto por diferentes atividades e algumas são mais prejudicadas do que outras. Os produtores de flores e plantas ornamentais estão entre os atuantes do agronegócio mais prejudicados pela pandemia. Os seus produtos costumam ter mais saída em eventos, feiras e supermercados.
Por não ser considerado como item essencial, pode ter sua compra restrita em unidades de supermercados nas fases mais severas da pandemia. Uma comparação dos resultados do setor em 2019 e 2020 permitiu observar uma queda de 90%.
Esse foi o setor do agronegócio que sentiu primeiro o impacto da crise econômica. Inicialmente, pela redução de compras e encomendas para eventos que não seriam mais realizados. Depois, pela perda de clientes que revendiam os produtos e fecharam as suas portas.
O setor de hortaliças também sentiu o impacto pela redução considerável de consumo, decorrente do recuo do poder de compra dos consumidores e pelo fechamento de bares e restaurantes. Algumas pessoas apostaram em compras maiores no começo da pandemia e, no decorrer do tempo, foram reduzindo a sua lista do supermercado.
5 – Mais cuidado com os animais
O homem do campo se viu tendo que adotar uma rotina mais severa de cuidados com os seus animais. O Ministério da Agricultura vem alertando os produtores a respeito da possibilidade de que seus animais passem o vírus adiante. Se uma pessoa contaminada tocar o animal, pode deixar resíduos na pelagem.
Em geral, o vírus que contamina animais não é o mesmo que contamina o ser humano, mas ainda assim há um grande risco. Os animais podem passar o vírus adiante através da sua pelagem. A melhor coisa a se fazer é manter seus animais bem limpos, dê uma atenção especial para o caso de alguém tossir ou espirrar perto deles.
A pandemia exige que todos façam a sua parte para conter o vírus!