Febre Aftosa: conheça os sintomas e a forma de tratamento
Febre aftosa é uma doença que pode vitimar bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Causada por um vírus, apresenta sintomas como febre, perda de peso e o aparecimento de erosões, vesículas e úlceras na pele desses animais. Continue lendo para saber mais sobre essa enfermidade que pode comprometer rebanhos.
Febre aftosa: conheça a doença
A febre aftosa é uma doença que pode gerar grande prejuízo para a pecuária de corte e de leite. Além de afetar negativamente a produção de carne e leite, pode gerar dificuldades para a comercialização de seus subprodutos. Se casos da doença são registrados em uma determinada região, podem levar ao surgimento de barreiras comerciais.
Essa é considerada uma doença grave por ser altamente contagiosa, podendo comprometer rebanhos inteiros. A causa da enfermidade é um vírus que afeta bovinos, suínos, ovinos, caprinos, elefantes, camelideos e, em alguns casos raros, até mesmo o ser humano.
A febre aftosa já foi registrada em diferentes partes do mundo, como no continente africano, parte do continente europeu, asiático e na América do Sul. O último caso registrado da doença no Brasil foi em 2006.
O vírus que causa a febre aftosa
O vírus da família Picornaviridae e gênero Aphthovirus é o responsável por causar a febre aftosa. Sete tipos de vírus da aftosa já foram detectados: A, O, C, ASIA1, SAT1, SAT2 e SAT3. Esses tipos apresentam subtipos. Os três tipos manifestados na América do Sul são: A, O e C.
Quem trabalha com criação de gado deve ficar atento para o fato de que o vírus causador dessa doença é bastante resistente às condições ambientais, podendo se manter ativo por períodos longos. Ele tende a ser inativado com certa facilidade em casos de pH alto ou baixo, uso de alguns tipos de desinfetantes, incidência de luz solar e elevadas temperaturas.
Transmissão da febre aftosa
A transmissão da febre aftosa pode acontecer de um animal infectado para um animal saudável ou pelo contato de um animal saudável com água, alimento ou objetos contaminados. Os animais infectados eliminam o vírus através leite, sêmen, saliva, fezes e urina. Essas secreções comprometem o ambiente.
Normalmente, o vírus entra no corpo do animal saudável através das mucosas das vias digestórias – durante a sua alimentação ou ingestão de água – ou ainda pelas vias respiratórias, quando ocorre a liberação de gotículas contaminadas pelo animal infectado.
Sintomas da febre aftosa
Embora seja uma doença bastante contagiosa, não tem uma elevada taxa de mortalidade. Nos animais adultos, a taxa de óbitos por febre aftosa fica em torno de 2%, enquanto entre os mais jovens fica em cerca de 20%.
Os animais mais jovens tendem a ter maior taxa de mortalidade pelo fato de serem acometidos por lesões cardíacas. Porém, devemos alertar que, mesmo que não venham a óbito, muitos desses animais infectados tendem a ficar bastante debilitados.
O sintoma mais evidente da febre aftosa é justamente o surgimento de aftas (vesículas) na boca e pés dos animais contaminados. Nos bovinos, outros sintomas que podem ser observados com frequência são: a salivação intensa, dificuldade para se alimentar, redução da quantidade de leite produzido, dores nos tetos durante as mamadas ou ordenha, perda de peso, inquietação e febre.
Em caprinos e ovinos, é mais incomum que a doença se manifeste na forma de aftas na boca, no entanto, costuma gerar febre alta e laminite (um processo inflamatório que acomete o casco).
Nos suínos, os sintomas podem incluir dificuldades para mastigar e engolir, além de laminite, febre e inquietação. Em geral, esses animais não apresentam aftas em torno da boca, mas podem ter vesículas na língua e focinho.
Tratamento da febre aftosa
A febre aftosa é uma doença que não possui tratamento, a recuperação acontece de forma natural. Em geral, leva entre duas e três semanas para acontecer. Porém, como uma forma de cuidados com os bovinos do rebanho, é necessário sacrificar aqueles que estão contaminados. Como mencionamos, se trata de uma doença muito contagiosa que pode levar a uma grande disseminação do vírus.
Quando um criador suspeita que um dos seus animais pode estar com febre aftosa, deve comunicar ao serviço veterinário para que seja confirmado ou descartado o diagnóstico. Caso haja confirmação, é necessário seguir todas as recomendações sanitárias para evitar que o vírus se alastre.
Prevenção da febre aftosa
A forma de prevenção da doença é através da vacinação dos rebanhos, essa medida passou a ser adotada na década de 1960 no Brasil. Na América do Sul é utilizada uma vacina trivalente contra os tipos A, O e C.
Essa vacinação é realizada em boa parte dos estados brasileiros, salvo aqueles que são considerados zonas livres de febre aftosa e dispensam tal cuidado. Acredita-se que até 2026 o país será completamente uma zona livre da doença, suspendendo, assim, a vacinação como um todo.
Febre aftosa é uma doença séria, vacine seu rebanho para manter os seus animais protegidos!
Fonte imagem: aen.pr.gov.br